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UFU - Gêneros Textuais #Redação/Proposta/UFU

Leia o texto a seguir.

Faz mais de 20 anos que o mundo se espantou com o nascimento da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta. Na época, a mídia explorou bastante o receio implícito na duplicação de seres vivos. A revista Time colocou duas ovelhas na capa com a manchete: “Algum dia haverá um clone seu?”. Ao mesmo tempo, o filme Jurassic Park assustava o público com uma história sobre tiranossauros e velociraptores clonados, que saem de controle e atacam os humanos, comendo advogados e apavorando criancinhas. Mas, ao longo dos anos, a clonagem foi sendo apagada da imaginação coletiva, que se ocupou de outras inovações científicas e tecnológicas. Numa era de edição genética, biologia sintética e inteligência artificial, o medo da clonagem chega a parecer inocente, lembrança de uma época menos ansiosa.

Mas aí, em março de 2018, a cantora e atriz americana Barbra Streisand fez uma revelação. Em uma entrevista, ela deixou escapar que suas cachorrinhas da raça coton de tulear, Miss Violet e Miss Scarlett, na verdade são clones de Samantha, uma cadela que ela amava muito e faleceu em 2017. As duas, ela explicou, haviam sido clonadas. A revelação gerou fúria entre os defensores dos animais, e Streisand publicou um artigo no New York Times se explicando: “Fiquei arrasada com a perda da Sammie, depois de 14 anos juntas, e queria manter uma parte dela viva, algo que veio de seu DNA”.

A moralidade da clonagem é debatida há bastante tempo. Nós temos o direito de criar uma cópia de um ser vivo, especialmente considerando a dor e o sofrimento envolvidos no processo? Para produzir um único clone, pode ser necessário implantar mais de dez embriões. A mãe que atua como barriga de aluguel é tratada com hormônios que, a longo prazo, podem ser perigosos. E muitos dos fetos são abortados, nascem mortos ou deformados.

  • Revista Superinteressante. Ed. 401, abril 2019, p. 22-23. (Fragmento)

Redija um ==editorial== a respeito do direito de se criar uma cópia de um ser vivo, especialmente considerando-se a dor e o sofrimento envolvidos nesse processo.

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